MAIS PÁGINAS BALEIAS!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

DESAFRIO URUBICI 2011, o ano em que o frio não deu o ar da graça, tornou inútil a parafernália Baleias, mas não nos dobrou. Fizemos a festa assim mesmo!!!

Meu dileto Mundo Baleias!

No final de semana da Maratona de São Paulo onde vários Baleias correram (o registro virá a seguir), outros foram encarar o frio de Urubici e seu 8º Desafrio, em Santa Catarina, capitaneados por Elis Carvalho, apaixonada por desafios, montanhas e quilômetros, para subir e descer por 52 kms o Morro da Igreja, templo, que, eu não encontrei.
Reunidos com os amigos de Recife da Acorja fomos recebidos em Urubici pelo novo Baleia Felipe Souto, que chegou arrebentando em simpatia, gentileza e carinho acompanhado da simpática namorada Dra. Marayse que também aderiu à Equipe, consubstanciando-se na 1ª advogada Baleias. 
O núcleo causídico cresce e dá segurança ao Mundo Baleias, muito embora Rogério Godinho tenha afirmado que se entrasse mais advogados na Equipe iria requerer um habeas corpus preventivo.

Bem, como todo relato Baleias, o começo é do início e esse início se deu em Belo Horizonte (Miguel e Wu), Recife (Marinês e Ricardinho), Barueri, (Elis Carvalho), Londrina (Silvio e Nilza) e Tubarão (Felipe Souto e Marayse), com todos os amigos se dirigindo para Urubici, Santa Catarina.

Dentro do Projeto Baleias colocando a literatura da correr, em Recife, Marinês Melo, que não pensa em parar de viver deixou um livro de Alan Kardec. 
Elis Carvalho deixou Almir Klink e seus 100 dias no mar.
E eu e Wu também movimentamos o Projeto. Em Confins com Rubem Fonseca e seu Feliz Ano Novo, onde também Wu aproveitou para mostrar o novo abrigo Baleias, um conjuntinho da melhor qualidade que irá facilitar muito as mochilas de viagem Baleias que precisam de otimização.
E na sala de embarque do Galeão, onde já vivi uma das maiores emoções de minha vida, o próprio Wu se interessou pela leitura do livro que ali seria deixado, achando que tinha algo relacionado com ele na obra.
Ainda na sala de embarque encontramos com Aléssio, o sergipano irado, nosso amigo de outras provas, que nos deu oportunidade impar ao perguntar surpreso: _ Vocês viajando para Meia Maratona? (Tinha em Floripa no domingo). Estufamos o peito e dissemos que nosso rumo era o Desafrio Urubici, 52 km de montanha! Nossa, que chance o cara deu!
Reunidos já em Florianópolis com os amigos da Acorja aguardando ainda Ricardo Ramos.
Com as amigas Elis Carvalho, que decidiu correr a prova e foi nos contagiando e Marinês Melo que também topou o Desafio.
E Marinês, Baleias Fashion, apresenta ao Mundo Baleias o pingente mais simpático dos últimos 400 anos.
E tinha o brinco também.
Furor no mundo da moda. Meire, nossa mais rápida maratonista, que enfrentaria a Maratona de São Paulo, ao saber da novidade já disse que terá um também. Marinês liberou os direitos de criação.
 O lendário Presidente Lula da Acorja sem entender como aquela barriga subiria as montanhas de Urubici.
Kombi com lotação esgotada. Felicidade Baleias. Levávamos com muito carinho e atenção os amigos Baleias e da Acorja para a cidade do Desafrio.
Por um momento achamos que rodamos muito e nos perdemos.
Pilotagem segura protegida pelo Cavalinho Rampante.
Na chegada em Urubici o momento solene de, orgulhosamente, passar a Felipe Souto o Manto Coral que foi envergado naquele exato momento e exibido durante todo o final de semana. Lesionado, Felipe foi um magnífico apoio (Wu vetou a palavra staff no blog) Baleias. Marayse ficou sem o manto coral, por ora, somente.
O encontro com Silvio, Baleia Primaz do Paraná. A Equipe estava completa. Silvio reafirmou que podemos ficar todos em sua casa na Maratona de Londrina. Até agora somos 37, acho que poderemos ficar na sala
À noite começam os preparativos para longa e fria jornada que nos esperava. Elis preparava uma roupa para viver momentos de Subtenente do Bope.
O Alto Comando Baleias reunido na pousada em Urubici.
Cada um com o modelo mais fashion que podia apresentar.
 Júlio Cordeiro a cada momento experimentava uma roupa diferente. A dúvida pairava no ar sobre com qual configuração correr.
 
Porém eu sabia que não dava para usar a roupa que havia preparado para a ocasião. O frio não mostrara sua cara do modo compatível com tal indumentária Baleias.
 
Na simpática pousada ouvindo os "causos' de Júlio Cordeiro.
Wu resolve deitar e pega na mochila o cobertor que levou com medo do frio da região. Zilda não se descuida do amor.
Amanhece o dia, o café é servido às 05.15 horas. Perfeito para a ocasião. Alguns não param um segundo mas o registro tem que ser feito.
Equipe preparada, equipamentos ajustados.
A nossa Baleias mais fashion não se descuida dos cremes protetores.
A névoa prometia o real Desafrio. Como havia prometido a Gilmar e sob sua orientação de protegê-la com o saquinho do vômito do avião levei para a largada uma máquina fotográfica para o registro do percurso. Ocorre que não íntimo da máquina percebi na largada ainda que a bateria estava fraca, embora tenha levado o carregador para Urubici, numa incompetência não usual em MD. Pedi a Felipe Souto então para recolher o material que seria inúti, frustrante e pesado na subida.
Na largada Felipe e Marayse no apoio logo cedo, depois de enfrentar 35 kms de estrada para lá estar. Essa dupla que inaugura Santa Catarina na equipe Baleias fará história entre nós.
Amizade, como diz o Skank, no mundo concreto ou virtual.
Com Maria José e seu amigo na largada da prova. Maria José ainda iria para São Paulo correr a maratona no dia seguinte. Graça Bernadino, também amiga Baleias e novamente vitoriosa em Urubici, só encontrei na parte vai e volta do percurso e num aceno rápido dado a sua velocidade de descida.
No momento da largada, Nilza, corredora e esposa de Silvio de Londrina, recebia o Manto Coral. Mais um casal Baleias a nos encher de júbilo o coração.
Eu estava na largada para minha terceira corrida de longa distância. Havia calçado o mesmo tênis e a mesma blusa que colada ao corpo me levaram através da magia da Serra das Russas, na companhia da Acorja, a me tornar ultramaratonista em Recife em 15 de janeiro de  2011. Marinês, companhia fundamental daquela jornada estava presente, faltava Gilmar, amigo dos melhores do mundo, do blog Foto Corrida, em seu lugar encontrei Elis, amiga do mesmo melhor lugar do mundo. Só restaria à montanha sucumbir diante da bravura indômita Baleias!!!
Marinês Melo, momento de contrição na largada buscando a energia das Brumas de Avalon para suplantar o desafio da primeira prova de montanha. É corredora guerreira, é bruxa e é magestade. Coitada da Serra de Urubici se pretendesse surpreendê-la. Para a montanha seria a crônica de uma frustração anunciada!
Momento de explosão. Essas meninas Baleias são fortes, fortes, fortes, de marré de sí.
 
A festa começou. Não havia o frio esperado. A esperança era que lá em cima, no ponto mais alto do Desafrio, encontrassemos com ele.
Expectativa e alegria. Nessa festa de clones do Ésio, nós, os de short, é que éramos os diferentes.
Eram os Deus astronautas? Seriam Wu e Ricardinho uma reencarnação de Stan Laurel e Oliver Hardy?
As meninas voam! Essa dupla ainda irá conquistar o mundo das corridas. Afinidade e sintonia maiores que de Maomé e a montanha, que por isso sempre será vencida.
Momento Baleias Inhotim. Felipe Souto, enquanto espera os amigos que empataram seu sábado, monta uma tela viva para o museu contemporâneo.

Corremos por estradas de terra e até o primeiro posto de água no quilômetro 9 onde começam os caminhos e as trilhas com subidas maiores nesse piso até o 17, segundo posto de abastecimento, onde deixamos o resto de nossos equipamentos, manta térmica, atadura, blusa extra, casaco, gorro, luva, bebemos muita coca-cola e eu, com meus 8 anos de idade mental, comi muita paçoquinha.

Essa parte da prova tem subidas fortes mas a falta de chuva e frio transformou tudo num passeio pela fazenda onde a dificuldade que se apresentava não era diferente, mas apenas inerente, ao piso, à subida e aos quilômetros.

Eu e Wu acompanhamos Elis e Marinês. A mim incumbia aguardar a que estivesse mais atrás. Encontramos apenas um local em que não havia alternativa a afundar o pé na lama.

A partir do quilômetro 17 subimos pelo asfalto até o km 26, o topo, onde era para ser avistada uma Pedra Furada. Não vi, mas tomei três copos de uma deliciosa sopa. 
Felipe Souto e Marayse se integraram ao apoio da corrida e ficaram nos kms 22 e 30 cuidando de todos os corredores. Ricardinho e Alemão chegam para o reabastecimento. Alemão passeia com estilo.
Wu se alimenta vigorosamente.
E eu chego também para o superabstecimento.
A vida é surpreendente. Depois de nos atender com simpatia incrível, André, o Dedé, o todo poderoso das bicicletas no Ironman de Floripa, que pilotava com a ajuda Baleias de Felipe Souto e Marayse e ainda Ana Paula o apoio do km 22 de ida e 33 da volta é atingido por uma síncope. Deu a louca no "Staff".
O Desafrio vira o Desafio à gravidade naquele platô onde todos esperavam o frio cruel e encontraram um sol que em outras situações seria muito bem vindo.

Após o km 33 voltamos para a trilha, agora em descida com muita, mas muita pedra mesmo. Eu, Elis e Marinês correndo juntos passamos a fazer contas com receio de estourar o tempo limite. No retorno do ponto mais alto já havíamos combinado em só caminhar nas subidas. Toda tentativa de romper o combinado era duramente reprimida.

Meu Garmin abriu o bico com quase sete horas de prova. Tento, tento e tento mas não consigo disfarçar minha decepção com a capacidade da bateria desse objeto de desejo de grande parte dos corredores. Em Rio Grande levei no outro braço o bom e velho cronômetro adquirido em estimadas terras paraguaias por ocasião da Maratona de Foz de 2008, alí, esqueci agregar valor ao controle da prova.

Nós três melhoramos tanto a performance na descida que chegamos em alguns momentos a sonhar com sub-8, o que ia sendo logo esquecido diante das longas descidas com piso de pedregulho. Mas chegamos em 8hs e 13 minutos.
Vencemos a prova com uma facilidade que nos surpreendeu. 
Uma prova sensacional que ficou devendo na parte que não está sujeita aos controles dos organizadores, ou seja frio, chuva, lama, barro, neblina e por que não, neve!!!  Todos manifestaram o desejo de voltar e eu também. E quero na próxima não enxergar um palmo adiante. Sem frio e, ao contrário, com sol, fica em mim a sensação de que "não valeu". Embora tudo tenha valido a pena completamente. 
 
Os amigos já haviam chegado. A Acorja quase toda estava já descansando. Júlio Cordeiro alegrava-se com nosso Baleias Silvio, de Londrina, onde seremos felizes em 28 de agosto.
Ricardo, nosso amigo de outras encarnações, que encontramos ainda todos vivos em Caracas, com o amigo Silvio. 
Wu, grande e estimado amigo, cuidou das corredoras Baleias na subida e tão logo as deixou na segurança do asfalto partiu para fazer 2x1 em Almir da Acorja e 101x16 em mim. Berlim nos aguarda para um Duelo de Titãs!
No remanso da simpática pousada de Ana o descanso dos justos! Todos prontos a festa da premiação.
Ao lado de Júlio está Enildo da Acorja com quem tentei trocar algumas palavras mas não fui bem sucedido. Sequer conheci o timbre de sua voz. Não desisti. Se o cara viaja para correr tem muito a conversar comigo. Minha nova meta: estabelecer contato com Enildo.
Alemão do blog Maratonista Alemão com quem é sempre uma grande satisfação encontrar e Almir, que acabou de voltar da Comrades e vai correr a Maratona de Dourados no Matogrosso do Sul. Acorja de Guerreiros.
Ricardinho e Wu.
Marinês e Elis.
Presidente Lula no pódio, a alegria de quem merece muito.
Henrique, segundo na faixa. Esse não se continha de tanta felicidade. Uma simpatia de pessoa. Perdemos a oportunidade de uma cerveja no aeroporto que ficará como um compromisso para nosso próximo encontro.
O Presidente Lula mostrando o glorioso troféu e emocionando a platéia.
O sucesso da Acorja. Não coloquei nenhuma foto do Júlio Cordeiro, meu ídolo, com o troféu porque ele não ganhou nenhum!
Na sequência, uma amiga, o França, amigo de Curitiba, João Luiz e Luiz Antônio. Um grupo de vencedores. João Luiz tem 90 maratonas e 614 provas corridas. Luiz Antônio é vencedor contumaz do Desafrio. Ídolos Baleias sem dúvida.
Uma mesa de vencedores. Essa turma não economizou nos troféus.
André, o Dedé e sua doce e companheira Ana Paula, moça criada nas Minas Gerais e não sei se por isso, de uma simpatia inigualável. O apoio fundamental do km 22 e 33. 
Gilmar que nos acompanhou durante todo o final sempre merecendo uma deferência especial do blog Baleias. Caro Gilmar, fique bom logo porque o mundo das corridas, das viagens e dos passeios anseia por você, muito embora você não saia um segundo de nossas lembranças. Muito obrigado, vou colocar em prática. Num primeiro momento achei se tratar de uma CTPS.
O último registro em terras urubicienses. A camisa mais bonita dos meus 12 anos de corridas, minhas 26 maratonas e 3 ultras. Com essa camisa você não anda, desfila. No aeroporto de Florianópolis, cheio de camisas da Meia Maratona, mentiria se dissesse que não gostei da sensação.
Nesse momento, nos últimos instantes de nossa aventura, meu mundo caiu. Procurei Maysa, mas só achei Guilherme e meu mundo e nada mais. Elis, minha amiga, Vice-Presidenta Baleias, revelava que embora me admirasse, torcia por Wu. Queria Wu na minha frente, Wu vencendo maratonas,. Não entendi. Wu vive calado e quando se pronuncia morro de medo, mas mesmo assim, angariava fãs.

Seguimos para São Paulo e, de chofre, fomos separados dos amigos pernambucanos e encaminhados para outro terminal. Faltamos assim ao encontro com Ricardo Ramos e Henrique que tinham viajado primeiro e com quem combinamos uma última confraternização no tempo da conexão.

Seguimos eu e Wu, solitários depois de tanta companhia, para nosso voo em busca de nosso lar.
Antes de embarcar pudemos perceber que na Indonésia também tem uma equipe Baleias.

A festa foi maravilhosa como sempre, mas não consigo esquecer que o frio faltou à festa. E era o principal convidado.

A companhia dos amigos da Acorja é incrível. Paulo Gustavo eu só vi perto do km 23 quando ainda subia o morro e ele já descia. O cara ainda foi com Maria José para a Maratona de São Paulo.

E a companhia de nossos pares Baleias é especial "de com força". Receber a adesão de Nilza e Marayse completou o final de semana. Reencontrar Silvio uma satisfação.

Felipe Souto é o cara. Simpatia, atenção, disponibilidade e um apego ao Manto Coral desde o primeiro instante que o recebeu de causar emoção a todos que gostam muito dessa humilde e eletrizante camisa.

A companhia de Elis Carvalho, Vice-Presidenta Baleias e apaixonada por montanhas, foi incrível.  Dá para correr uma infinidade de quilômetros ao seu lado. Se não ficar me mandando embora, claro.

Marinês Melo e Ricardo Ramos amigos fortes do Recife continuam traçando planos conosco. Ricardo não está muito animado para os 75 km de Bertioga, mas as conversas se intensificarão para tê-lo junto em mais esse desafio.

E a companhia de meu Wu nem preciso dizer nada. Amigo meu, parceiro de corridas, maratonas, longas distâncias e agora parceiro de montanha. Em outubro tornaremo-nos parceiros também das corridas nas praias. 

Tudo foi divino e maravilhoso, mas faltou o frio. Eu, Wu e Elis decidimos acompanhar Felipe Souto em sua estreia em Urubici, porém, como a Comrades será em 03 de junho de 2012, não sabemos se será possível  para 2012.

Decidimos também fazer Praias e Trilhas, que talvez seja a última edição, porém, Marinês Melo argumentou que não dá para fazer essa prova apenas 15 dias antes da sua tão sonhada Maratona de Nova York, mas que topa os 75 km de Bertioga na edição de outubro. Por isso vamos para Bertioga fazer o solo de 75, junto com Meire, se o bonitão deixar e ficamos na torcida para Praias e Trilhas não acabar e nos dar a oportunidade de enfrentá-la em 2013. Planos, planos, planos, sonhos, sonhos, sonhos...

E tudo bom demais! O registro da saga Baleias na Maratona de São Paulo vem a seguir uma vez que as fotos chegaram hoje.

Um grande abraço a todos e mais uma vez encerro feliz demais da conta sô!!!!

Miguel Delgado.