Aline Rabelo, a primeira maratonista Baleias chega ao mais alto do pódio já em sua primeira ultramaratona!!
Meire, a mais rápida maratonista Baleias alcança o segundo posto no pódio e continua brilhando, agora nas ultramaratonas!!
Amantíssimo Universo Baleias!!!!
No último domingo do mês de fevereiro uma troupe Baleias cumpriu o desafio de se tornar ultramaratonista. Depois de Ênio Akio, conhecido como o melhor que se tem na equipe, o
primeiro ultramaratonista Baleias, e
Elis Carvalho, nossa Vice-Presidenta, a primeira ultramaratonista Baleias, chegou a hora de Meire Assis, Wu Arantes,
Aline Rabelo,
Joel Leitão e Miguel Delgado receberem o título.
As duas meninas Baleias subiram ao pódio como visto acima. No ano em que uma mulher assume brilhantemente o comando da nação as mulheres também despontam na Equipe levando o Manto Coral para os pódios. Foi tudo perfeito e sensacional em nosso ultrafinal de semana.
Mas, como sempre, voltemos ao começo para contar a história dessa prova em que mais Baleias tornaram-se um pouco mais adultas e adultos no mundo das corridas longas.
Na sexta-feira, dia 25 de fevereiro, perto de meia-noite, desembarcamos todos no aeroporto de Porto Alegre e assumimos a estimada Kombi que nos levaria sob a pilogem segura e serena do CEO Baleias, exímio perueiro, pois sentara ao volante daquele tipo de veiculo pela primeira vez havia uns 15 a 16 minutos.
Na tarde sexta-feira Ênio Akio Yuhara, nosso melhor Baleias, avisou por mensagem no celular que não poderia mais ir por motivo grave de doença na família. Infelizmente na mesma tarde a situação atingiu seu termo. Abracei o amigo em nome de todos na Equipe transmitindo nossa solidariedade. O amigo Japa faria falta.
A troupe Baleias que foi na Kombi durante toda a madrugada numa viagem de mais de 5 horas tendo em vista a noite, o cansaço, as estradas desconhecidas e a Kombi em si mesma.
Na foto, Joel Leitão, Wu Arantes, Meire Assis, a Kombi, placas de Belo Horizonte (um charme a mais) Miguel Delgado, Aline Rabelo e Betinha, uma simpatia que me chamou de ridíiiiculo o final de semana todo, amiga Baleias da melhor qualidade, 10º lugar no geral e que viveu essa aventura conosco.
Meire assumiu a co-pilotagem de forma brilhante conversando com o motorista durante todo o tempo até a chegada no hotel em Rio Grande às 06 da manhã e inteligentemente ignorando o aviso no teto que dizia: "fale ao motorista somente o indispensável".
Joel Leitão, amigo Baleias que conhecemos pessoalmente no exato interregno entre o desembarque da aeronave e o embarque na Baleiamóvel, também brilhou acompanhando a viagem, seus detalhes e conversando temas inteligentes e pertinentes o tempo todo.
Tirando o Wu que já roda comigo desde 2003 fazendo o que for preciso para nos locomover tenho que dizer que a fibra da troupe Baleias foi incrível. A primeira experiência em comum viajando 310 kms por estradas que não se conhece, durante toda a madrugada, com um motorista que também só se conhece pela falação e não pela atuação, não é para qualquer um. Esclareço porém que todos foram democraticamente indagados se topavam a aventura.
De minha parte tenho que dizer que agora as Kombis existem em minha vida. Incrível como existem Kombis circulando e eu nunca havia reparado. Um sonhozinho de comprar uma, pintar de laranjado e levar Baleias para as corridas começa a cutucar a exagerada mente Baleias. Mais uma alegria que as corridas me deram. Me senti poderoso no comando da Kombi. Bem aventurado aquele que fica feliz com qualquer bobeirinha!
Estacionamos no hotel mas a Kombi Baleias ainda saiu para buscar o kit (25 km) e ainda para ir ao supermercado comprar petrechos pré-maratona. Pena que não tiramos fotos das compras da Aline. Ela foi fazer sacolão em Rio Grande.
O encontro com os amigos da Acorja, Enildo, Alemão, do blog
Maratonista Alemão, Ésio Cursino,
Júlio Cordeiro, Paulo Sobral, Almir, Ricardo Ramos, Nice, Augusto, Amanda e Lula, Henrique e Marinês (esses dois últimos não estão na foto). Como chegamos cedo optamos por não dormir para não atrapalhar o sono da noite. Alguns Baleias tiraram um cochilo. Ao rever esses amigos que tanto gostamos não poderia deixar de registrar a falta que faz Gilmar Farias, da Acorja e do blog
Foto Corrida, o grande amigo que me permitiu completar minha primeira ultramaratona.
O encontro com nosso amigo de todas as vidas Ricardo Ramos, nosso Baleia do Recife. Ricardo já está inscrito para Berlim e Budapeste em setembro. E vai também conosco ser feliz em
Assunção. Aliás, em Assunção contamos com os amigos de Recife para uma festa do jeito que sabemos fazer.
Saímos para passear com nossos amigos da Acorja, Ricardo,
Júlio Cordeiro, o cara, e Marinês Melo. Joel, Meire e Betinha cochilavam. Conhecemos a maior praia do mundo. No dia seguinte percorreríamos uns 7 quilometros da areia durante a prova.
Aline, a estreiante em ultradistância aprendendo tudo como o Presidente Lula Holanda, da Acorja, comradeiro e mestre de todos nós.
Mas eu e Wu também não deixamos de aproveitar a oportunidade de adquirir conhecimento com essa lenda das corridas de rua.
Aproveitando o encontro eu e Lula Holanda tivemos uma reunião em Rio Grande tendo em vista as influências negativas para nós dos últimos acontecimentos no Oriente Médio que resultaram em mudanças na Tunísia, a queda de Osni Mubarak no Egito e a efeversência na Líbia onde Kadafi agoniza. Percebemos uma inquietação no seio Acorjiano e na Equipe Baleias com insinuações de que mudanças são necessárias e que é preciso arejar a condução dos grupos.
Como líderes atentos ao moral da tropa combinamos de estreitar nosso relacionamento e discutir o tema dando uma resposta e possivelmente acenando com reformas. Marcamos então uma reunião para a Volta da Pampulha em dezembro de 2034 para avaliar se a inquietação continua ou se podemos parar de pensar nessa bobagem de mudanças.
Lula ficou tão abalado com a perspectiva de motim que resolveu esfriar a cabeça.
Enquanto isso na piscina do hotel Ésio se preparava para os 50 km!
E Wu confraternizava-se com a Acorja aproveitando a oportunidade para desfilar o seu corpo de tanquinho na piscina do hotel. Eu pedi a ele para não se expor assim, mas ele não me escuta!
Chegada a hora de buscar o kit a Kombi Baleias seguiu para Rio Grande. Meire brilha no manejo da máquina Baleias em movimento. Esse foi nosso primeiro contato com a cidade porque nos hospedamos na praia do Cassino, onde é a largada e chegada.
Aqui fizemos o registro do "
Corredor Disciplinado" com a "Trinca Baleias Indisciplinada". Joel disse no relato apronto da prova que cumpriu todas as planilhas. Do outro lado, eu Wu e Aline, do Movimento dos Sem Planilha, alternamos os problemas nos longões. Um dia era aniversário do Wu e a farra no dia anterior foi grande, a Aline no outro dia arrumou uma dor que não passava e eu optei por ficar com minhas irmãs no último longão e perdi o treinamento. A prova nos aguardava!
No kit uma camisa que eu e Wu gostamos, para passear depois da prova. Tinha também uma avaliação de saúde. Respondi as perguntas mas quando quiseram medir minha gordura apelei! Isso é muito intimo. Ser gordo já não é fácil, mas revelar, medir, publicar, escrever na prancheta é humilhação demais! Claro que eu sei que tenho "Gordura Corporal".
Se o formato do corpo é de "pera" o problema é dele, o que vou fazer? Se vou morrer primeiro por conta da gordura abdominal então não preciso preocupar em correr menos maratonas. Querem que corramos menos, comamos menos, bebamos menos e trabalhemos mais. Só a risada é liberada. Porém, sem correr muito e comer muito, a risada virá de onde?
Aqui um registro significativo. O mundo Baleias, Minas, Ceará, Pernambuco e São Paulo, clicado por Betinha! Com a Troupe Coral Marinês Melo, amiga Baleias desde sempre, de rosa, uma companhia para vencer quilômetros que não tem igual e Ricardo Ramos, um amigo que eu e Wu demoramos no primeiro encontro em
Caracas algo em torno de 3,5 segundos para descobrir que é amigo dos mais valorosos.
No local de entrega do kit, simples, mas absolutamente eficiente e descomplicado, verificamos que o jantar de massas seria ótimo, porém a troupe Baleias, acompanhada de Ésio Cursino e Marinês Melo, Kombi cheia para meu deleite, resolveu ir embora descansar, dormir mais cedo. O que se revelou uma decisão acertadíssima para recuperação da higidez Baleias.
Começamos a nos preparar e não pude deixar de registrar as coisas de Wu quando ele me disse que já tinha arrumado tudo para o dia seguinte. Perguntei a ele se ele poderia me mostrar como seria "desarrumado" só para eu ter uma ideia. O amigo calou-se.
Fomos dormir e o ar condicionado me detonou. Acordei "encarangado" às 04.30. Não sei se o mundo Baleias domina a palavra, mas eu estava congelado, tremendo, sem ação e iria levantar em 30 minutos. Acordei Wu para me ajudar porque nosso Pacto da Concórdia permite isso mas ele não sabia nada do ar e arrancou o fio da tomada num repente animalesco. Mas resolveu.
Joel Leitão passou no quarto todo arrumado. Olhei a mochila e me veio à mente: será que ele está pensando que é acampamento? Correr 50 km com isso tudo? Depois dos 30 até meu óculos pesa, quanto mais uma mochila.
Registramos o trio Baleias. Wu com a novidade de um boné sem cucuruto que ganhamos na praia. Também pensei, se não vai tampar, para que usar? Mas não falei nada porque estou num tratamento psicológico para aprender a respeitar o gosto dos outros.
A última foto com a máquina Baleias antes da prova ao som de
Capital Inicial - Fátima - às 06.20hs no corredor do hotel. Aline não estava porque tentava o último telegrama para casa antes da estreia nos 50 km. É de notar minha felicidade por estar com Júlio Cordeiro, nosso ícone em Pernambuco. Seguimos mais uma vez nesse final de semana e o faremos sempre, a máxima aprendida nesses quase dois anos de amizade com o cara: escolha sempre a opção de Júlio Cordeiro, se ele apontar uma direção, menos uma coisa para você se preocupar. Vá!
Por falar em Júlio Cordeiro a foto acima é do blog dele. Um registro antes da largada. A força da Acorja e a Equipe Baleias tentando aprender com os amigos.
Essa foto mostra o momento em que comemoro com Aline o reconhecimento Baleias. A fotógrafa Flávia Azambuja se aproxima da gente e diz que tinha entrado no blog a primeira vez há poucos dias e que era incrível nos encontrar logo na prova seguinte que ira fotografar. Delírio Baleias. Aline, a mais emburrada amiga Baleias, mas que sabe como gosto disso, vibrou comigo.
Na largada revejo com muita satisfação meu grande amigo Carlos Hideaki Fuginaga, o mais maluco dos japa que conheço. Vou fortificar de novo essa amizade, descobri que estava com saudades de Hideaki San. Já combinamos uma expedição Baleias pelo
Festival Comida de Buteco em Belo Horizonte.
Encontrei também o solitário corredor Sergipano Alessio, companheiro de algumas maratonas no Brasil e no mundo. Um corredor de performance que quando perde para um Baleias gordo tem dificuldade de se recuperar psicologicamente.
Corri com o Garmim mas também com um Casio perfeito adquirido no meu amado Paraguay. Se o Garmim fizesse água como fez em Recife no dia 15 de janeiro, teria pelo menos o controle do tempo. Deu tudo certo com o
GBS, graças a assessoria, amizade e paciência do grande amigo
Ricardo Hoffman.
Comecei controlando Aline que seria primeira se fizesse no tempo limite, 06.15 hs. Pódio e troféu na estreia. Até os 10 km fiquei falando em seu ouvido. Por falta de experiência, porque normalmente sou eu a ser acompanhado, achei que a estava incentivando mas estava enchendo o saco. Pedi desculpas depois. Ela gentilmente disse que não havia motivos. Mas já tinha contado que ficou super tranquila e satisfeita quando fiquei para trás.
O grupo em que estávamos foi se desfazendo. Eu e Marinês Melo, amiga Baleias da Acorja, fomos ficando. No km 27 o calor me sufoca, recuso a andar porque a primeira vez que andei numa maratona foi em 2009, no km 28 de SP depois de Poá no domingo anterior. Vivo de metas, não queria bater o recorde negativo. Igualado o 28 e vendo um corredor magrelo andar sucumbi, contrariado, chateado e com medo do porvir.
Marinês Melo que estava junto, embora eu tenha dito que era para seguir, diminuiu a passada. Já havia corrido com ela em
Caracas e nos 54 km da prova de aniversário de
Ricardo Ramos, em Recife, uma companhia extraordinária, mas atrapalhar os outros me incomoda mais do que andar.
Retomei. Aí apareceu um suquinho amarelinho doce como uma bala vagabunda e tudo mudou. Fiquei forte e segui. Depois foi a vez de Marinês precisar ir mais lenta. Ela disse para eu seguir, porém, seguiria só se seu fosse um rato, um pacote de maionese, um pé de alface. E não sou.
Ela me esperou em minha dificuldade. Já fui acusado de tudo e nos últimos tempos tenho colecionado uma série de impropérios, mas ingrato, nunca! Mantive-me do lado da amiga buscando sempre o conhecimento do tempo que nos restava para completar a prova dentro da classificação.
No final, como é normal entre corredores e corredoras, Marinês puxou um pouco e cravou na minha frente. Tudo muito justo. Algo absolutamente normal, como a Meire/Baleias que passou o Júlio Cordeiro/Acorja e nem por isso ficamos malucos, doidos de felicidade, alucinados ou completamente extasiados com a notícia.
Baleias e Acorja, Meire e Ricardo, Baleias e Baleias chegando juntos nos 50 km em foto gentilmente cedida pelo blog
Maratonista Alemão.
Wu estava feliz demais com a performance, 5h.36m e mais feliz ainda com minha demora, na expectativa de eu não conseguir terminar no limite e ele poder deitar de rolar no meu insucesso. Grandes amigos podem torcer um pouco para o outro se ferrar!
A felicidade de Aline! Quem vê essa fisionomia não imagina como foi o final de semana todo! Adoramos ela!
A situação corriqueira na vida da nossa atleta Meire. À esquerda na foto, Joelma, amiga de Joel Leitão, também vivendo o seu sucesso. As fotos do pódio são de autoria de Miguel Delgado com a máquina gentilmente cedida pelo grande amigo Carlos Hideaki que também forneceu chocolate, Toddynho e um belo suco vermelho numa garraga enorme.
Betinha, componente da troupe Baleias foi classificada em 10º no geral e Marinês Melo, amiga Baleias de muitos quilômetros foi 4ª mas não estava presente ao ser chamada para o pódio pelo retorno açodado para o hotel.
A prova tem abastecimento perfeito e nos últimos quilômetros alguns pontos de água com menos de um quilômetro. Uns suquinhos que animam bastante, frutas e muita, mas muita mesmo, simpatia de todos nos pontos de apoio. Até crianças cuidando da gente. O pessoal do apoio ia ao nosso encontro para levar a água. Na praia, que me parece a maior do mundo também em largura, pela primeira vez vi os banhistas levarem também os carros para tomar sol. Na praia tem trânsito e estacionamento. Houve um vacilo na marcação da quilometragem mas não me pareceu um erro estrutural da organização, apenas vacilo mesmo, erro simples do cara que ficou incumbido de colocar as placas.
No retorno para Porto Alegre a Kombi Baleias recebeu a companhia de Marinês Melo que já havia combinado conosco uma vaga para a volta tendo em vista a pressa da van Acorja ao término da prova.
Assim, a Kombi Baleias singrou pelo Rio Grande levando consigo além de Miguel, Wu e Joel Leitão, quatro corredoras, ultramaratonistas, que subiram ao pódio e ostentavam alegremente seus troféus! 100% das mulheres da Kombi Baleias subiram ao pódio na Supermaratona de Rio Grande e 100% dos homens tiveram suas vitórias pessoais reconhecidas por si mesmos. Bem equilibrada a coisa!
Eu fiquei em terceiro lugar numa perspectiva de trás para frente! Interessante que basta uma troca de olhar e as coisas se ajeitam. E sei também que meus amigos
Gilmar Farias e
Elis Carvalho, responsáveis por eu virar Tarahumara, vão entrar aqui e dizer que sou vencedor mesmo perdendo de todo mundo na van e na Kombi.
Mas sei que de um eu ganhei!
A viagem de volta foi perfeita e mais rápida por um conjunto de fatores óbvios. Chegamos em Poá quatro horas depois, entregamos Joel Leitão e sentamos na lanchonete do aeroporto em mais uma inesquecível e agradável mesa Baleias pós maratonas.
Como sempre a Equipe Baleias adorou tudo e nem achamos 50 km tão difícil de correr assim. Wu falou que é mais fácil do que a maratona porque não tem os 195 metros finais.
Meire disse que estará em Rio Grande novamente em 2012. Como é uma época do ano que nunca tem muita coisa pode ser que Miguel Delgado, Wu Arantes e Aline Rabelo também lá estejam, principalmente com essas passagens tão baratas para Poá. Será que vão topar ir de Kombi de novo?
Supermaratona de Rio Grande, mais uma grande festa Baleias com os incríveis amigos da Acorja! Sinto que intra Baleias crescemos em amizade, crescemos em coragem, logística, sonhos, em respeito às idiossincrasias de nossos amigos. Somente uma frase para definir tudo o que vivemos, a frase que virou lema Baleias na Kombi: nós somos "Fera pra Caramba", eufemismo do que realmente somos já que o blog Baleias não é adepto do palavrão!!
Amigos, um abraço de quem ama essa Equipe de com força!!!!