MAIS PÁGINAS BALEIAS!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O 1º ULTRAMARATONISTA BALEIA!



Com imensa satisfação informo a comunidade mundial dos corredores de rua que os Baleias têm o seu primeiro Ultramaratonista.


Ênio Akio Yuhara, na foto em Foz do Iguaçu, comigo, Hideaki e Pedro, além do Quati que gentilmente nos acompanhou na foto, é o mais novo integrante da Equipe Baleias. Corredor de São Paulo, faz aumentar nossa participação na Capital Paulista somando à Tatau Godinho e Fábio Pereira, base Baleias na terra da garôa e ainda responsáveis pela direção de marketing,


O currículo do Ênio é invejável como se observa da descrição a seguir:

- 03 Maratonas de Foz do Iguaçu (2007,2008 e 2009)
- 02 Maratonas de Santa Catarina (2008 e 2009)
- 02 Maratonas do Rio de Janeiro (2008 e 2009)
- 01 Maratona de Porto Alegre (2008)
- 01 Maratona de São Paulo (2009)
- 01 Desafio Castelhanos/Ilhabela - 44km (2009)


Essa última prova foi quando se tornou Ultramaratonista.


Ênio informou que já correu esse final de semana em São Paulo como membro da Equipe Baleias, embora minha incompetência logística não tenha conseguido fazer com que o Manto Coral a ele chegasse.

Ele também já corre a Maratona de Curitiba inscrito como Baleias e certamente alinhará nas largadas do Brasil e do mundo o Manto Coral.


Faz parte dos planos de Wuneni Arantes e Miguel Delgado tornarem-se ultramaratonistas em 2010. Se tudo ocorrer bem a estreia ocorrerá já no início do ano na Ultramaratona de Rio Grande. Percurso de 50 km para não exagerar logo no começo.


Sobre a entrada de Ênio Yuhara na Equipe Baleias um fato animador e interessante é que ele chega abraçando o Projeto Toquio 2011.
Esse projeto, proposto inicialmente por Leo Hacidume no jantar de massas da Maratona de São Paulo 2009, é o de corrermos a Maratona de Tóquio em 2011.


Confirmados na adesão ao Projeto Tóquio 2011: Miguel Delgado, Wuneni Arantes, Ênio Yuhara e o grande amigo da Equipe Baleias, o Marathon Maniac Carlos Hideaki.


Sobre a disposição do idealizador Leo Hacidume não posso dizer pela ausência de contato.


Mayumi Edna, maratonista paulista e professora de japonês, que também esteve no jantar pré-maratona de São Paulo foi novamente instada a aderir ao projeto e sinalizou bem ao desiderato observando o grande frio da época. Com Carlos Hideaki e Mayumi na comitiva não teremos barreiras pelo idioma e certamente aproveitaremos mais os dominios orientais.


O Projeto Tóquio adia por um ano o Projeto Comrades, dando mais um fôlego para os treinamentos.


Desnecessário dizer que seria um prazer que mais e mais corredores aderissem a essa idéia. A diversidade cultural elevada é fator de incentivo para que o chamado outro lado do mundo seja conhecido. Quem sabe não vamos a Tóquio com uma passadinha de dois dias em Paris? Com um bom planejamento para a viagem, quem sabe não arrumamos, para os que tiverem essa disposição, uma outra maratona para correr na Europa na ida ou na volta de Tóquio.

Se chegarmos em 2011 e não der para ir, valeu pela viagem pré-viagem!!
OS BALEIAS VÃO CORRER A MEIA MARATONA ECOLÓGICA DA ACORJA EM RECIFE NO DIA 01 DE NOVEMBRO!

Miguel Delgado, Wuneni Arantes e Walasce Lemos, em companhia do amigo Carlos Hideaki Fuginaga correrão a prova da Acorja em Recife, convidados que foram pelos irmãos Cordeiro, Júlio e Clênio, além do lendário Presidente Lula, da Acorja.

Wuneni irá com seu filho Wneni (é verdade, o filho chama Wneni) e esse escriba virtual se fará acompanhar de seus dois filhos e companheiros, júnior 1, Pedro e júnior 2, Marcelo. Pedro, já corredor de 10 km, com 11,5 em Foz, participará das corridas de treinamento no sábado e na segunda.

Num esforço hercúleo de juntada de milhas serão movimentadas três companhias aéreas e vários e distintos horários para levar essa turma até Recife. Em função do feriado, que dificulta a utilização das milhas, tivemos que nos sujeitar a madrugadas e ainda a perda de um dia de serviço para os adultos e de aula para os meninos, o que causará a todos muita infelicidade.

Quem conhece essa turma de Recife sabe que seremos felizes lá. No planejamento, o clássico Nautico e Sport no estádio dos Aflitos.

Essa idéia de conhecer os estádios em grandes jogos nos finais de semana das corridas é sensacional. Na Maratona de Curitiba o jogo será Atlético-PR e Cruzeiro, o que para nós mineiros é especial. Embora eu seja torcedor do futuro Campeão Brasileiro (Yes We CAM, by CHF), Clube Atlético Mineiro, meus filhos são Cruzeirenses (um dia eu explico) e compareceremos a Arena da Baixada no domingo pós maratona.


É isso aí meus amigos. Continuo correndo, vendo e tentando ver a alimentação de forma diferente. Já foram 5 quilos detonados na base da determinação, expectativa incrivelmente superada, demonstrando o quão o excesso estava presente no cotidiano alimentar.

A decisão de mudar hábitos encontra-se firme, sem necessidade de deixar de lado prazeres antigos. Fui ontem ao Mineirão assistir o Galo x Vitória e não deixei de comer o Tropeiro, mas o fiz em patamares nunca dantes experimentados.

Dividi UM (a foto é meramente ilustrativa) com Rose, minha companheira há 21 anos e mais nada.

Quem me conhece ficará estupefato com o controle e a parcimônia diante de tão famosa iguaria!!

Pode parecer coisa de gordo colocar a foto do Tropeiro do Mineirão aqui, mas é por ser uma atração turística da cidade,
muito gostosa de fato, que o visitante não pode deixar de experimentar. Mudei para Belo Horizonte em 1978 e já tinha o Tropeiro no campo.
Um abraço a todos os que derem o prazer da leitura. Miguel Delgado.
Resolvi aumentar a letra um pouco, mas a mudança está em avaliação.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CANSEI DE SER GORDO!!

.
Meus amigos da Equipe me permitirão um registro mais introspectivo, numa abordagem mais individualista, informando ao mundo amigo a mais nova decisão de minha vida, equivalente em importância somente à decisão de dois anos e meio atrás de parar com a estimada cervejinha.

Parar de fumar não conta como uma decisão importante porque fumar é burro e deixar de fumar não pode ser considerado difícil por quem se acha provido de massa encefálica medianamente calibrada. Mesmo assim, depois de 13 anos sem fumar, voltei para mais um de fumante, para depois abandonar de vez. Ninguém é tão completamente mediano!

Indaguei ao meu amigo Wu se seria apropriado, ou não, colocar aqui essa notícia tão individual. Ele, companheiro das maratonas e das viagens, que está decidido a perder 5 quilos até Curitiba, autorizou-me a colocar nesse espaço o depoimento, meu grito de "basta à obesidade"! Mas acrescentou, já incrédulo, que é muito difícil emagrecer!

Não estou de regime, isso já venho fazendo desde a faculdade de história, nos idos de 1984, fiz todos, da lua, da maça, da enzima, Dr. Atkins, Dr. João Uchôa (Só é gordo quem quer), carqueja na garrafinha no serviço, da sopa nas três modalidades, uma tomando durante uma semana, outra tomando somente um dia inteiro na semana e o regime da sopa que mais fiz, comia tudo o que estava dando sopa na geladeira.

Já tomei até água de grãos de arroz ao lado do filtro. Já tomei mel à noite antes de deitar (esse o prejuízo foi enorme porque efetivamente engordei). Encarei o tipo sanguíneo, mas o meu sangue me prejudicava muito, tornando a empreitada desumana. Nunca fui aos vigilantes porque reunião para isso não me agradava. Emagrecer, no meu caso, não era uma questão de ajuda, mas de tomar decisão.

A gente sempre emagrece, já perdi (os achei todos) 16, 10, 8, 6 e abaixo desses, todo semestre há alguma anotação, às vezes perda, às vezes ganho.

Eu sempre soube como emagrecer, não tem segredo. Outro dia conversando com o grande amigo Hideaki, ultramaratonista líder, concordamos que basta resolver e pagar o preço, o que não queríamos.

Mas eu mudei! Cansei de ver aquela coisa gorda nas fotos! Fim aos lipomas!

Decidi mudar o meu relacionamento com a alimentação, a comida foi destituída da prioridade que ocupava em minha vida.

Como sou um ser humano e como tal me distinguo dos animais pela capacidade de pensar e alterar, a partir desse poder de reflexão, minhas condutas instintivas, tornei-me o senhor dos meus "instintos mais primitivos", como um dia disse aquele indefectível gordo, ora operado.

Apesar de estar e ser gordo há mais de 25 anos, nessa trajetória algumas vezes gordo, outras gordinho, outras gordão, nunca aceitei a idéia de não ter força suficiente para reverter a situação, mas valia-me da certeza de que não havia ainda resolvido pagar o preço com receio de perder a alegria de estar diante de um buffet, a sensação maravilhosa de observar uma mesa de almoço de natal, a deliciosa ginástica de comer no carro o alimento adquirido há pouco no supermercado e majestosa e triunfante entrada numa churrascaria apostando com os amigos quem cansaria primeiro, nós ou o garçon!

A idéia de que perderia tudo quando decidisse emagrecer sustentava o jeito gordo de ser. Um sem número de vezes declarei que o erro não era meu, mas sim do momento em que nascera, já que no Renascimento eu certamente seria um modelo de Rafael. Porém ser modelo de Rafael causa assadura.

O medo de que a alegria da vida estivesse na comida, e talvez em sua quantidade, ditou as regras até agora, mas como ocorreu um dia em relação à cerveja, retomei o poder. A alegria da vida depende do que elegemos e no momento a alimentação em excesso está incluída fora.

Sobre esse assunto de alegria da vida seria hipócrita de minha parte não reconhecer que sem a cerveja fica bem piorzinho, mas como já disse o Pato Fú, com tudo a gente se acostuma.

Com esse controle todo que estou adquirindo, quem sabe no futuro não retorno à cervejinha com mais educação, como farei com a comida, pois não penso em parar de comer!!

Assim, novo momento experimento em relação à alimentação, colocada no plano da subsistência.

Não poderia deixar de citar que a decisão de acatar o projeto "Segunda-feira sem carne" do meu amigo ultramaratonista vegano Alberto Peixoto e as conversas posteriores, quando tentei passar para terça o meu dia, para poder comer com tranquilidade a sobra do frango de padaria do domingo, idéia vetada por ele, resultaram na tomada de decisão de assumir o controle da alimentação, sem deixar correr solto, o que nos mantém gordos.

Só para esclarecer, não me tornei vegetariano. Não acho que exista problema em sermos carnívoros, muito embora tenha me convencido de que carne em excesso não serve. Pô, tudo em excesso faz mal, talvez, inclusive quilometros.

Para ser justo comigo tenho que informar que já há anos, pelo menos uns três ou quatro, tenho me mantido dentro da mesma faixa evitando grandes dietas. O problema é que a faixa está alta.

Com a decisão de emagrecer, pretendo chegar aos 80 quilos, fica uma incógnita no ar sobre o quão minha performance em maratonas irá melhorar. Serão quatro pacotes de arroz, ou açúcar, como queiram, retirados do meu corpo, que se tornará lépido.

As metas são grandiosas como todos os planos, sempre!

Nenhuma das metas anteriormente informadas serão descartadas e serão acrescidas a qualificação para Boston e vencer Wu, Hideaki e Júlio Pernambucano em maratona. A vitória no Rio de Janeiro já foi experimentada gordo, isso não se apagará!!

Esse registro não tem foto porque a de antes todo mundo já conhece e a de depois vai demorar um pouquinho. Fica aí para os amigos maratonistas a expectativa para o encontro de Curitiba, para onde calculo uma perda de 6 quilos. Mas a vida é surpreendente.

AH! Esqueci de dizer! Sorvete e refrigerante ficaram, pelo menos por enquanto, fora do novo projeto porque não gostaria de arriscar decepcções logo de cara, mas até o momento as coisas têm fluído bem, já que se trata de um modo diferente de olhar as mesmas coisas.

Desculpe tomar o tempo dos amigos dos Baleias com esse registro completamente individual, mas o anúncio para o mundo das decisões faz parte, também, das estratégias mentais de sustentação de decisões que ousam combater situações confortavelmente arraigadas. A partir de agora nao posso decepcionar os amigos, conferir certeza aos incrédulos e extasiar os detratores.

A Equipe BALEIAS continua firme. As Baleias não são gordas, são Baleias!

Liliane, você já é da nossa equipe, entrou pela porta da frente, é nossa amiga. Faça contato.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MARATONA DE FOZ DO IGUAÇU: UMA PROVA GIGANTE!


Desde que foi lançada nunca tive dúvidas de que essa Maratona era a de maior potencial de crescimento uma vez que além da corrida há um final de semana maravilhoso a ser aproveitado.
Não pude fazer a primeira por questão de datas familiares, mas os Baleias lá estiveram com o Wuneni que já fez as três edições. Essa foi a minha segunda.

A prova foi excessivamente dura, não pelas subidas, que são quase permanentes e já as conhecia, apesar de uma e outra causar surpresa, mas pelo sol, o temido sol que arrebenta com os corredores de ponta, da frente e também da ponta de trás, local onde habito nesse mundo de corrida.

Experimentei momentos distintos nessa prova.

O céu limpo, sem uma única nuvem na largada, alertava para uma puxada no começo, ao argumento interior de que se o sol saísse forte era melhor tentar obter uma vantagem, porque o sofrimento no final compareceria inexoravelmente, ou ainda, se a chuva viesse, compensaria o desgaste da tentativa de alavancar o tempo. Pensamentos estratégicos animados e destruídos logo, logo.

Largamos, Pinguim tirou uma foto dos Baleias na companhia de Nilson e Rogério, Marathon Maniacs de Uberlândia nossos amigos, e Wuneni seguiu.

No km quatro, início da prova tive que parar para retirar as tornozeleiras com as quais corri Rio e Brasília porque o ritmo desse ano tem dado uma dorzinha estranha nos pequenos ossos que sustentam esse corpão. A combinação tênis e tornozeleira, desta vez, não deu certo.

No km nove ocorreu o que não pode ocorrer! FALTOU ÁGUA. Amanhecido o dia a organização tinha que saber que os atletas iriam usar mais água. O plano B teria que estar ao alcance da mão. Mas eu perdoei a organização porque tentou mitigar o estrago, o pessoal ficou preocupado, ao contrário de Florianópolis que nada foi feito. Um carro da organização, após o km 10, foi atrás dando um copo de água para cada corredor que tinha enfrentado aquela falta.

Claro que a perda física no corpo não é reparada com a água que chega atrasada, mas a organização é feita por um pessoal que tenta fazer tudo muito bem e gosta e se preocupa com os corredores. Isso para mim vale.

Segui normal, usando água, muita água, para a parte externa e interna do corpo, sabendo que aquele calor transformaria a corrida num grande esforço.

No km dezoito, a subida mais forte, não a pior porque se apresenta mais cedo na prova, encontrei o amigo Walter, de Muriaé/Juiz de Fora que corre pela CORDF subindo andando. Lembrei-me de Florianópolis e do sofrimento e optei por também subir andando. Lembrava-me do revigorante km vinte e um da prova do ano passado e tinha esperança de que novamente isso ocorresse.

E novamente o km vinte e um, com melancia, pão sírio, coca-cola, isotônico foi muito revigorante. Banana e laranja também tinha, mas não lancei mão.

Fui fazendo as contas e seguindo de posto de água em posto de água, onde parava, pegava água e tudo o que mais tinha de líquido e seguia correndo lentamente carregando um copo cheio dágua que somente seria descartado ao avistar que novo posto tinha água. Mas como demora a entrada do Parque e a esperança de sombra no percurso!

No km 30, onde deveria ser um posto de água na sucessão de três km, tal posto foi postergado para 30 e alguma coisa. Essa alguma coisa faz diferença e vai dilapidando a resistência combalida do corredor.

Ao reiniciar a corrida, em descida, após o posto de água na entrada do Parque uma surpresa: voltei a caminhar logo em seguida e pensei que não dava mais. Se não estava conseguindo correr na descida e ainda faltavam 11,5 km, o fim estava traçado.

Passaram dois corredores comentando suas quebras pessoais e seguindo andando. Fui pensando...o guarda volume é lá em cima, o Pedro, meu filho que correu os 11,5 está lá em cima me esperando, a saída é lá por cima através dos ônibus da organização, tem o Desafio das 6 Maratonas Brasileiras... Se andar na maratona eu já considerava uma derrota, jamais tinha experimentado a desistência.

Lembrei-me da Volta ao Cristo em Poços de Caldas que fiz em 2003 e firmei um acordo comigo mesmo: vou correr mais um km e depois vejo o que vai dar e vou parar de olhar para as subidas, vou conversando com as formigas e preocupando-me em desviar delas. E assim fiz, vi no relógio qual era a medida do km que estava e seguiria até aparecer a mesma contagem de metros.

Cabisbaixo, lento, de jeito derrotado, segui renovando o acordo comigo mesmo do km 32 até o 40, mas parando nos postos dágua, para beber tudo o que lá tinha. A partir do km 34 os postos foram de 2 em 2 em aplauso para a organização.

No 40, numa mistura de burrice com esperança, "jogo do contente", amnésia e debilidade causada pelo cansaço, ao entrar na região do Hotel das Cataratas, fiquei com a sensação de que estava chegando, esquecendo que 2 kms são sempre 2 kms, em qualquer lugar.

As duas subidas que faltam são uma decepção. Triste, volto a caminhar nas duas. Vejo uns ônibus estacionados e volto a correr. Encerrada a curva o pórtico de chegada lá estava, volto a correr com energia, sinto-me meio falso, mas não era para enganar os espectadores, mas porque a imagem do final traz um resto de energia.

Meu filho Pedro, devidamente paramentado com o Manto Coral que orgulhoso envergara na prova de 11,5 km, vem ao meu encontro com um copo dágua e me acompanha na reta final sobre um tapete vermelho e sob locução da prova que menciona tratar-se de pai e filho cruzando a linha de chegada. De chofre, um sonho sempre pensado se realizando em forte emoção.

Meu pior tempo em Maratonas, mais de 5 horas e 41 minutos, mas pelos relatos que li e ouvi, uma prova difícil para todos com a maioria piorando seus tempos.

Ano que vem eu volto e tentarei voltar melhor. Não posso abandonar a Maratona de Foz do Iguaçu, as subidas não vão piorar e eu posso melhorar. E tem o espetáculo das Cataratas que esse ano nos brindou com vazão dágua excepcional. Além do que acho que não consigo mais viver sem vir uma vez por ano ao Paraguay.

Não foi um problema de falta de músculo, foi um problema de calor, de incapacidade do organismo de suportar o "efeito estufa de lanchonete" que estava em volta de mim. Os fisiologistas explicam sem dificuldade a deficiência na troca ocorrida entre o corpo e o meio ambiente durante o exercício de longa duração.

O percurso não tem culpa, a Maratona não tem culpa, o sol é sempre uma possibilidade, então o problema sou eu. Se sou eu está ao meu alcance, posso resolver.

Duas fotografias do Wuneni no mesmo local em dois momentos divididos pela Maratona dão a idéia do que a prova foi.
Saindo do hotel, ainda na madrugada, feliz e animado.
No retorno, conformado e esturricado.

OS AMIGOS

Insisto que esse mundo das Maratonas é fabuloso e profícuo nas amizades. Amizades são sedimentadas e outras surgem como se há tempos tivessem sido firmadas.

Já no aeroporto de Confins eu e o Pedro encontramos com a equipe de corrida da PBH/SLU (Superintendência de Limpeza Urbana).

Laci, Osvaldo, Carlos Roberto e Milton já estiveram em Paris e Chicago e fazem o circuito brasileiro de maratonas.
Pedi ao Pedro para registrar a satisfação do encontro.

Posso dizer, como cidadão de Belo Horizonte, que é sensacional termos uma equipe de corrida entre os funcionários públicos municipais que tanto correm pelas ruas da cidade.

Ficamos amigos e nos encontramos novamente no Paraguay, na retirada do Kit, na largada e na chegada depois da premiação onde o amigo Osvaldo buscou o 3º lugar na Categoria. Por fim nos encontramos na visita às Cataratas pós-prova.Se a Maratona derrotou alguns, outros, como Osvaldo da PBH/SLU, dela ganharam!

Nessa prova realizei também o sonho de conhecer o Dr. Seabra, Ultramaratonista que tenho encontrado, pelas minhas limitações, somente nas Maratonas e que está no Desafio pessoal de correr 1.000 kms em provas oficiais nesse ano de 2009. É bom ser amigo dessa turma, que tem desafios que colocam nossos planos nos seus devidos lugares.

Com extrema satisfação encontramos o Presidente Lula, a Lenda, da Acorja de Recife, acompanhado de Emerson. O encontro foi registrado na máquina do Nilson (MM) e ocupará a galeria Baleias com Famosos.

Walasce, irmão do Wuneni que correu os 11,5 kms, animou-se para fazer a Meia Maratona da Acorja em 01 de novembro no Recife e vai se preparar para a Maratona de Roma em 21 de março de 2010. Já são 3 Baleias inscritos nessa prova.

Encontramos Dr. Gabbardo e sua Sabine, Alberto Peixoto, JC Baldi, Irio, Pinguim e vários amigos do Desafio das 6 Maratonas. Conhecemos também a simpática Lizete, Ultramaratonista.
Tivemos também a oportunidade e o orgulho de aumentar a citada galeria dos Baleias com Famosos numa foto com o simpático Wanderlei Cordeiro e ainda os amigos Maurício Bertuzzi e Rodney Wenke.
Com Hideaki passeamos nas Cataratas no final da corrida. O segundo passeio do Pedro que já o tinha feito após a chegada da prova de 11,5 km e enquanto esperava o querido, mas lento, pai.

No passeio conhecemos mais um Maratonista. Enio Yuhara, extremamente simpático que nos fez companhia, ou fizemos a ele, nesse segundo passeio pós prova às Cataratas.
Como Enio, autor da foto, ficou em Foz do Iguaçu na segunda-feira, como nosotros, combinamos o Paraguay para a parte da manhã e Argentina à tarde. Essa última possibilitada pela eficiência e brilhantismo da Rose que mandou de BH autorização com assinatura reconhecida em cartório para o Pedro em plagas portenhas entrar. O pai esqueceu de pensar nisso e fomos barrados na sexta. Rose venceu, inclusive, a greve dos Correios para que o filho pudesse conhecer a Argentina. Fomos a Porto Iguassú com direito a carimbos no passaporte e anuência da Polícia Federal .

Não tem Maratona no Brasil que proporcione tão diversificados passeios!

Na terça, antes de iniciar o regresso para as alterosas, fomos cedo, Eu, Enio e Pedro, para um treino de 8 km subindo a avenida das Cataratas, no temido km 18, iniciando os treinos para 2010.

O GARMIN TOMOU BOMBA NA CORRIDA OU TOMEI BOMBA EU EM GARMIN?

Dei 100% na carga da bateria. Deixei tudo pronto. Tudo ia bem até que parei no km 4 para retirar as tornozeleiras. A partir dai o GBS 405 parou de marcar os kms corretamente, adiantando-se, como, ao que parece, não tivera parada.

Como a pausa automática estava marcada em função dos treinos a confusão aumentou mais. Em umas duas oportunidades o GBS apitou com "Pausa Automática". Assustei-me porque se ainda naquele momento estava tentando puxar ao máximo e o GBS considerava-me parado, onde tudo iria acabar?

Parei para desligar a função "Pausa Automática". Mas não foi fácil.

Mas a marcação já estava detonada. Passei, a partir do km 4 a ter três paradigmas. O apito de marcação de tempo de km, a placa da prova e a marcação de km do GBS, cada um num momento.

Por mais irônico que seja, com o toda a dificuldade na prova, isso pode ter sido uma ajuda, porque eu vinha, nos momentos de dificuldade conferindo três momentos, o que tornava os intervalos curtos.

Depois do 32 nova lógica assumiu, como relatei acima e deixei de usar a muleta dos paradigmas.

Vou tentar aprender mais e verificar os detalhes que diferenciam o uso no treino do uso nas provas e irei consultar meu Guru Ricardo Hoffman que me apoia nessa tecnologia para que não ocorram mais furos.

É isso. Se alguém teve paciência para ler tudo, meu abraço e o meu agradecimento pela gentileza.

Se não teve, o meu abraço também e a certeza de que eu entendo, ficou grande demais e muita gente já falou dessa prova, mas Maratona é assim mesmo, grande em tudo!

A gente se encontra por aí dando notícias dos Baleias para quem não se cansar da gente.

Domingo tem 16 milhas Mizuno, os Baleias em peso correndo e Leandro, agora formado Dr., voltando às provas.

Um abraço a todos.

Miguel Delgado