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sábado, 13 de junho de 2009

A origem dos BALEIAS..... Tomo I

Há quatrocentos anos o único sobrevivente de um navio atacado por piratas Singh foi lançado numa praia distante na Costa de Bengala, na África. Acolhido pelos temíveis pigmeus da tribo Bandar o sobrevivente encontrou, dias depois, morto na praia, o pirata que havia matado seu pai no ataque. Sobre o crânio do assassino de seu pai o sobrevivente jurou devotar sua vida ao combate da pirataria e crueldade sob todas as suas formas enquanto vida tivesse. E seus filhos e os filhos de seus filhos o seguiriam nessa jornada...


Destemido, corajoso, determinado e com a nítida impressão de que se não fizesse muito exercício engordaria, esse foi o primeiro Baleia, também conhecido desde a época como O Fantasma. Ao longo dos anos passou também a ser conhecido por outros nomes, como O Espírito que Anda, Aquele que tem a força de dez tigres, O Homem que não pode morrer e ainda, quando anda na cidade como um homem comum, Sr. Walker...


....Anos depois, em 1999, Miguel Delgado, que não é descendente do Fantasma, mas se não correr muita maratona engorda, depois de umas férias em Guarapari/ES onde o inchaço de seus pés à noite se firmou como um dos principais temas durante as partidas de baralho, acabou por se render às determinações de Rogério Godinho Santiago, Baleia histórico, primo e médico, que resolveu levá-lo para caminhar todos os dias com vistas a emagrecer e, quem sabe, correr.


Chegando perto de 110 quilos, perto, porque jamais, em tempo algum, dei à balança a chance de registrar tal descalabro, iniciei as caminhadas nas quais devo ter ficado por mais ou menos três meses. Iniciadas as corridas fui aumentando a distância até correr regularmente uma hora.


Em setembro de 1999 Rogério informou que haveria uma corrida em volta da Lagoa da Pampulha, em novembro e que provavelmente teria até medalha para todos os que a concluíssem. Fiquei receoso, porém, como não entendia nada do assunto de distâncias e etc, entendi que se o Rogério, corredor experiente, Maratonista, dizia que dava para fazer era porque dava.


E assim ocorreu. Estreei na 1ª Volta da Pampulha, em 21.11.1999, num percurso de 17.850 m, na companhia do Rogério, Leandro e Guilherme. Meu tempo foi 1 hora e 56 minutos.

Sobre o Guilherme uma curiosidade: Jovem de 17 anos, único dos três a correr inteira uma meia maratona que aconteceu poucos dias antes e com tempo muito bom na Volta da Pampulha, descobriu pouco tempo depois um problema de coração e teve que se submeter a uma cirurgia para colocação de válvula feita com membrana de porco! Foi um susto e uma sensação esquisita com efeito retroativo!! Deu tudo certo e ele já há anos anda prometendo o retorno às corridas!


Para mim, menos de 15 dias depois outra corrida, agora de 10 km em comemoração aos 100 anos de Belo Horizonte. Sobre a participação uma dúvida. Minha mãe estava há poucos dias internada no CTI, em coma, e a família toda mobilizada pela situação. Eu não sabia se estava certo participar de um evento naqueles dias.


Fomos eu e o Rogério. Resolvi ir sem comentar nada com ninguém. E não é que foi a única vez que apareci na TV. Somente duas pessoas conhecidas me viram! Duas tias, Dedete e Ninice, irmãs de minha mãe, viram-me na TV Bandeirantes, programação local. Pô, ninguém assistia a esse canal!!


Anos depois minha mãe melhorou e pude confirmar diretamente com ela se havia erro ou alguma observação na minha decisão de correr naquele dia. Ela, gentil e carinhosamente, confirmou que não havia problema.


Depois dessas duas corridas de estreia, somadas ao fato de que eu já emagrecera 16 quilos, a animação tomou conta do Rogério, o mestre, e os treinos foram intensificados até a minha perna detonar e eu parar de correr. Todo o ano de 2000 foi parado, desanimado com aquela carreira que proporcionava muitas dores nas pernas.


No final do ano (2000), faltando +- 20 dias para a 2ª Volta da Pampulha, numa quarta-feira, dia de Feijão Tropeiro nos restaurantes de Belo Horizonte, resolvi, antes do almoço, ligar para o Rogério para saber se iríamos correr. A resposta definiria um retorno imediato ao controle alimentar ou um lauto almoço.


Rogério informou que não dava para correr sem treinamento. Fui almoçar.


Em 2001, junho, há tempos sem pensar em corrida, observei um outdoor que dizia sobre a 1ª Corrida Correios Estado de Minas, em 1º de julho, 10 km. Imaginei o meu retorno ao esporte, liguei para o Rogério que informou estar parado por causa do joelho, mas Leandro, companheiro de estreia, topou. Treinei, fiz a corrida com 0.59.43 e Leandro em 0.46.52. Nada de indicação de equipe.


Depois dessa corrida, assinei a Contra-Relógio, providenciei uma caixa para as medalhas e números, procurei o número de peito da 1ª Volta da Pampulha (jamais achei) e nunca mais parei de correr.


Fizemos eu e Leandro a 3ª Volta da Pampulha em 2001 (1.53.26 e 1.25.42). No final do ano fiz orgulhoso minha primeira São Silvestre. Uma festa com uma enorme presença familiar, já que estávamos na capital paulista para o reveillon e o mano Luiz residia próximo à largada.

Completada a prova em 1.41.55, continuava sem indicação de equipe na inscrição.

A vontade de correr prosseguia e a cada Contra-Relógio recebida um novo desafio era pensado.

Rogério estava parado e Leandro, ainda estudante de medicina e companheiro desde a estreia, topava os desafios. Iniciado o ano de 2002, com ele surgiu a ideia de ter um nome de equipe para preencher nas fichas de inscrição. Porque não??


A saga continua....

To be continued....

8 comentários:

Anônimo disse...

Olá amigo. Bela história. Gostei. Todo mundo tem um pouco deste enredo em seu dia a dia. Um abração e bons treinos!! Tuco

Stéphanie Perrone disse...

nooooossaaaaa muito bom o relato. to louca pra ler a continuação. muito legal a história da origem dos Baleias.

abraço e bons treinos
Stéphanie

Ésio Cursino disse...

Ola Miguel,
Belo relato, com um tom de fantástico. Acabamos a corrida, festejamos no "Bode Dourado" com Bode, cerveja e Cachaça Sagatiba. Fiz 70' nos 10 km. muito sol, mas tinha varios postos de hidratação. Fiquei animado para continuar os treinos de velocidade para baixar estes tempos. Tinha mais de 20 participantes da nossa Equipe e também teve corrida infantil com a participação dos filhos de vários integrantes que correram duplamente, com os filhos e depóis individualmente.

Clênio Cordeiro disse...

Prezado amigo Miguel, li o seu relato e fiquei ansioso para ler as próximas postagens.
Hoje foi dia da Corrida das Pontes, a Acorja esteve presente com a sua equipe adulta e também com a Acorja Kid"s. O sol estava de rachar (a largada foi de 9 hs). Consegui fazer os 10 km em 52:30 num ritmo médio de 5:12 min/ km o que me deixou satisfeito.
Abraços do amigo Clênio.

Anônimo disse...

Exijo uma camisa! Quero ser baleia!

1 abraço,

Fabio
O doador oficial de brindes para o time Baleias.

Clênio Cordeiro disse...

Miguel, fazendo suspense não vale !!!!!!

Anônimo disse...

Adoooorei seu relato,fiquei muito entusiasmada com a história que há por trás dos baleias e a propósito que situação em...
justo suas tias por parte de MÃE te vê.

Bom vou ficando por aqui espero em breve ler a continuação de muitas histórias que concerteza você tem pra contar.

Abraço.

KellY Cristina XD

Hélio Dias disse...

Miguel...
Gostei mais do seu estilo de escrever. Mas acho que deve continuar com os dois. Tenho certeza de que,a cada dia, cê vai escrever melhor e correr mais. De repente... chega em primeiro lugar.
Abração do amigo Hélio.