O GBS, Sistema de Posicionamento Baleias é extraordinário.
Na foto, vemos os Baleias localizando satélites na largada da São Silvestre. O procedimento inicial do GPS de localizar satélites é momento solene na Equipe Baleias. Todos ficam em silêncio para que não ocorram interferências.
Antes de mais nada quero deixar claro que amo o meu Garmin 405 CX.
Minha vida de corredor mudou depois dele. Os treinos são melhores. Gosto até de fazer treinos maiores para que fiquem melhor na visualização pelo Google Earth.
A dependência é tanta que não consigo mais realizar os procedimentos mais simples da vida sem o GPS.
Para dar um exemplo, eu que nunca tive grandes problemas para ir ao banheiro em outros locais que não a minha casa (tem gente que isso é muito problemático), depois do GPS não consigo obrar sem saber exatamente minhas coordenadas. Sem minha latitude e minha longitude o intestino não funciona.
Então que ninguém duvide de meu amor por ele. Abandonei o sonho de fazer a Comrades em 2011 por que a bateria do 405 não dura toda a prova. O 310 suporta, mas e a fidelidade ao modelo, como fica? Mudar de modelo na primeira dificuldade não me parece a decisão mais coerente. Não posso acreditar que os caras não vão resolver isso e arrumar uma bateria de longa duração para o 405.
Até o Wu, o mais cético dos céticos no que diz respeito a tecnologia embarcada nos treinos, sempre pergunta quando vamos rodar juntos: "trouxe o negócio?". Durante todo o percurso vou dando as informações para ele: tempo, distância, ritmo, velocidade, temperatura, umidade relativa do ar, sensação térmica, latitude, longitude. Algumas coisas vou inventando para ver se ele fica impressionado e resolve comprar um também. Eu gosto de todo mundo equipado.
Mas o aparelho não é tão preciso como todo mundo fala. Tem corredor que afirma que o percurso estava mal medido porque o GPS dele deu outra distância.
Fiz um treino outro dia e depois fui olhar no Google Earth porque é um percurso perto de minha casa e que uso desde que comecei a correr.
O Garmin me colocou invadindo casas, subindo em muros, pulando residências.
Definitivamente eu não passei por cima desses imóveis.
A impressão que dá é que fui direto para o pé de manga usurpar do fruto alheio.
Tem cabimento eu ter ido por ali onde está mostrado?
Imagino que essa diferença de percurso que consta na imagem para o percurso real que eu fiz, pelo passeio e pela rua, seja em parte a responsável pelas diferenças que observamos nas provas.
De acordo com o meu GPS em Curitiba no ano passado eu corri um km a mais para finalizar a maratona.
Tirando a diferença entre os caminhos que um e outro corredor faz durante uma prova, minha tendência é ficar com os organizadores que realizaram a medição num momento exato, exclusivamente para aquele fim.
Nós corredores, durante a prova, não cumprimos exatamente o menor caminho possível do percurso. Em provas com muitos corredores isso é mais difícil ainda. Some-se a isso o local onde o GPS nos coloca correndo, conforme demonstrado acima e encontra-se o busílis.
De outro lado, o GPS é fundamental para os treinos, mas na prova o que manda mesmo é a distância estabelecida pela organização, que se estiver errada, estará para todos os corredores.
Aqui em Belo Horizonte tem um organizador de corrida que a gente comenta quando fica sabendo que é ele quem está fazendo determinada prova: " Hoje é dia de recorde na distância".
Desde agosto de 2009 correndo com o GPS, em Poços de Caldas, na Volta ao Cristo, tive a alegria que todo corredor gepeeseano imagino queira ter. Ao cravar o cronômetro debaixo do pórtico de chegada ele finalizou em 16.00 km. Uma pena que só vi depois já em Belo Horizonte quando fui fazer o outro treino, senão a informação teria constado no registro da corrida. A festa foi tão grande que a marcação do GPS foi questão de somenos importância.
A lição que aprendi nesses meses de convivência com o GPS é que o mesmo é maravilhoso, facilita, ajuda, anima e incentiva os treinos, mas como todo relacionamento que envolve admiração, é preciso estabelecer uma relação madura, crítica, para que o aparelho não se torne um mito.
Abraço a todos. Agora vou carregá-lo para usar num treininho amanhã cedo. Miguel Delgado.
5 comentários:
Oi Miguel, meu sonho de consumo atualmente é um Garmim. Espero muito em breve conseguir adquiri-lo.
Bjos e bons treinos,
Dani
Ah, Miguel, eu e o GPS não nos damos bem, não! Rsrsrs. Continuo perdidaça! Não sei mexer neste aparelho! Já deixei ele em casa por muitas vezes e agora, está sem carregar! Amanhã, tem treino e não vou usá-lo! O qu eu faço? Rsrsrs.
Oi Miguel belo post sobre o Garmin... estou também meio que dependente do meu Suunto e agora depois que comprei um foot pod a coisa ficou mais ainda complexa..risos
Bem quanto aos navios com pista a grande maioria hoje possui, entretanto não consegui me adaptar a correr com o balanço do mar...risos dá meio que uma sensação estranha de falta de equilibrio por vezes, além de que ou vc corre muito cedo ou muito tarde pois o local fica repleto de gente nos outros horários...risos Mas de qualquer forma o que vale mesmo é a farra. Nesse cruzeiro que fui tinha muita gente de Minas principalmente de São João del Rey... a familia do Tancredo é dona da cidade...risos
Bem um grande abraço e bons treinos
Marildo Nascimeno
Amigo Baleia, após brigar com meu GPS, que teimava em dizer que eu ainda não havia chegado em casa (eu nem bebo, como não saberia que aquela era a garagem de minha residência, rsrs). Outro dia insistia... "em 20 metros você alcançará seu destino..."(sendo que eu já estava estacionado em meu escritório), fui informado por um amigo nosso em comum, entendido de segurança, o André Lara, que o GPS não pode ter precisão absoluta, por orientação do Exercito. Questão de segurança pública. Não sei exatamente o motivo, mas pelo menos parei de discutir com a charmosa e gentil Ana Maria(quem me dá as orientações no GPS),rsrs.
Abraços, Carlos Henrique(treinando para estrear na Maratona)
Uau, não sabia que essa paixão com o GBS estava tão intensa rs. Vamos torcer para a Garmin fazer melhoras na vida útil da bateria. Abração.
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