Tenho experimentado de uns tempos para cá a companhia de meu filhos Pedro (16) e Marcelo (9) em treinos e provas. E isso tem
me dado uma alegria tão grande que resolvi transformá-la em palavras e
soltá-las na rede através do blog BALEIAS deixando registrada essa
felicidade.
Sei que diversos corredores
experimentam, experimentaram e experimentarão essa alegria e outros
tantos ficaram sabendo como é gratificante correr com os filhos. Esse
registro é para somar a essas experiências.
A corrida
para mim é um estado de espírito. Embora a saúde seja um item
fundamental da vida seria falso de minha parte dizer que corro para
ter saúde. Eu corro porque gosto e não sem risco de deixar a saúde em
alguns momentos relevada para não prejudicar as vontades.
Aliás
o excesso de saúde pode ser visto também como um problema. Uma vez uma
amiga me disse que não fazia exercícios pois tinha medo de ter um AVC e
ficar com aquele corpo cheio de saúde em cima de uma cama criando escaras e dando trabalho para outras
pessoas. É um ponto de vista importante.
Mas sem querer entrar em
polêmica sobre o que seria prioridade no gosto pelas corridas de rua,
prazer e/ou saúde, volto ao tema do registro que é a alegria de correr
com meus filhos
A foto de cima é a estreia do Pedro nas corridas. Os 5 km da Assembleia Legislativa de Minas em 2008. A família inteira prestigiou o evento devidamente paramentada com o Manto Coral, versão anterior. Marcelinho era sem dúvida o mais animado.
Logo depois que eu firmei nas corridas, iniciado, incentivado e
instruído por um corredor (Rogério Santiago, primo e amigo), um dos
prazeres se tornou também trazer mais gente para a corrida, para as
viagens, para a farra desse mundo.
E se chamo os
amigos, chamo principalmente minha família. Um dia em anos passados dissera para a Rose que um
de meus sonhos era chegar de mãos dadas com ela numa prova de 10 km.
Claro que logo depois dessa prova de 10 iria ficar na espectativa para a
meia maratona e etc,etc. Provavelmente por isso o sonho nunca se realizou.
O Pedro me acompanha nas corridas,
esporadicamente, desde 2001, meu início, quando fiz a Corrida Estado de
Minas e tinha uma Caminhada da Família. Ele e o primo André fizeram os
4 kms correndo na frente do pelotão que caminhava. Contava meu
primogênito com 8 anos.
Marcelo, meu caçula, também foi nessa caminhada alternando o colo da Rose com um velotrol. No decorrer dos anos Marcelo foi crescendo e demonstrando o gosto pelo esporte do pai e pelas medalhas.
Sempre se animou com os treinos. Está sempre pronto e às vezes sinto não poder levá-lo nos dias que preciso treinar mais forte e mais longo.
Mas nos dois estamos crescendo em treinos. Acima o registro com o primo Danilo, também Baleia, antes de saírmos para um treino que caminhamos e corremos por cerca de uma hora. Esses meninos são fortaleza.
Com Marcelo no último dia 07 de junho de 2010 fiz um treino de uma hora e 13 minutos entre dois minutos de trote e dois de caminhada pela orla de Niterói.
Uma manhã de segunda-feira atípica. Enquanto todos trabalhavam eu e Marcelo homenageavamos Ricardo Hoffmann correndo em seus domínios.
Aproveitamos também para homenagear nosso grande amigo Ivo Cantor, Acadêmico da cadeira um da ABaLeias, com uma passada no Museu de Arte Contemporânea da cidade, que se encontra ao fundo na foto, projeto de Niemeyer. Não tivemos, porém, oportunidade de entrar no museu.
Como soi acontecer nos treinos Baleias quando tenho a honra da companhia do Marcelino ele define como terminaremos o exercício.
E dessa vez ele optou por encerrar brilhantemente com um milk-shake de Ovomaltine numa lanchonete chamada Bibis. Baleia pai e Baleia filho gostam muito desses momentos gastronômicos.
Só para explicar o que estávamos fazendo em Niterói na manhã do dia 07 de junho, Pedro não estava correndo conosco porque ainda dormia, jovem na faixa dos 16 tem muita dificuldade de treinar pela manhã.
Ao final do dia Rose, mãe dos meus filhos, tornou-se Doutora perante a Pós-Graduação em História na Universidade Federal Fluminense tendo a família completa na plateia da defesa da tese.
Ao final do dia Rose, mãe dos meus filhos, tornou-se Doutora perante a Pós-Graduação em História na Universidade Federal Fluminense tendo a família completa na plateia da defesa da tese.
No melhor estilo Baleias-Miguel Delgado saímos de Niterói às 19 horas e chegamos em casa em Belo Horizonte à 01:40 hs.
Recuperando o passado, Pedro depois da caminhada de 2001 que citei acima passou a correr em todas as oportunidades dadas às crianças. Em 2002, na Meia Maratona da PMMG, prova extinta há anos, correu 2 quilometros na companhia do primo André (372) e do Wunenizinho, o filho do Wuneni, o famoso Wu.
Na foto acima, Ravi, amigo das crianças, Pedro, meu primogênito, André o sobrinho, Wunenizinho e Marcelo em tenra idade. A seguir um registro fotográfico rápido do que era Wu antes de entrar definitivamente para as corridas. Baleia de valor.
Wu já tinha experimentado a primeira corrida e tinha parado. Estava em treinamento e tentava atrair o filho para o esporte. Depois dessa primeira experiência Wunenizinho nunca mais se aventurou nas corridas. Agachados na foto o cão Toy e minha mana Merrina, a mãe do sobrinho André.
Na corrida de 2002, Pedro, que gostava de correr todo paramentado com as vestes talares do Cruzeiro Esporte Clube, conheceu Alexandre Minardi, técnico do Cruzeiro, que fez um registro do encontro.
E depois deu a foto de presente para grande alegria do garoto.
Sete anos depois, Pedro já habituée das provas de 05 e 10 km encontrou novamente o amigo Alexandre Minardi em prova em Belo Horizonte, as 10 Milhas Mizuno, quando correu no revezamento com Valdomiro, nosso amigo Baleias que fez as vezes do tio Cael Delgado que faltou ao evento.
Muito interessante e motivo de orgulho, embora o pai Atleticano e o filho Cruzeirense, o registro dos dois momentos. Alexandre Minardi que em algumas situações é visto brigando por seus atletas é muito simpático.
Em sua carreira, facilitada pelo fato dos avós morarem em São Paulo, Pedro correu umas duas ou três São Silvestrinhas. Depois a turma resolveu passar o ano em Piracicaba e depois Minas e com isso dificultou novas provas.
Acima o registro orgulhoso do pai que ostentava a medalha ganha pelo filho.
Depois desse início profícuo Pedro foi crescendo e abandonando um pouco o esporte. Aproveitando o tempo
livre para ficar no computador, msn, mangás, narutos e etc.
Mas a partir de 2008, com o alvorecer dos 15 anos, começou a correr
sempre, fazendo todas as provas de 10 km que a gente fazia em BH.
Como nada é fácil ou perfeito chegou o desenvolvimento e as provas de 10 km passaram a ser permitidas apenas a partir dos 18 anos, o que ocorreu também com a São Silvestre cuja estreia estava marcadinha. Mas Pedro foi fazendo todas as provas que podiam ser feitas.
A segunda prova na distância de 10 km em Sete Lagoas/MG em 2008.
10 Milhas Mizuno, em revezamento, com Valdomiro Inacio Baleias.
Em setembro de 2009 correu 11,5 km na subida do Parque na Maratona de Foz do Iguaçu. Fez a prova em companhia de Walasce Lemos, outro maratonista Baleias ainda antes de estreiar na distância.
No circuito das Estações Adidas em 2009, prova da Primavera. Para a alegria do pai o filho bombando nas corridas e topando correr todas.
Já em 2010 correndo a Volta ao Cristo em Poços de Caldas onde ganhou de mim por um minuto. Uma feliz e saborosa derrota. Nesse final de semana Pedro participou comigo e com todos os companheiros que lá estiveram de um dos melhores momentos da Equipe Baleias.
Fizemos planos para continuar a correr em 2010 mas a escola chegou pegando firme e atrapalhou os horários. Ele está sempre disposto aos treinos só pede que não seja no horário que tenha que acordar cedo.
De outro lado na semana não consegui compatibilizar os horários e no fim minha demanda com as maratonas impediu a adequação e não chegamos a um consenso.
Como o momento escolar do Pedro e a chegada de um período de intercâmbio têm proposto outras preocupações as corridas ficaram para 2011. Situação que não alterou minha alegria de ter tido a agradável experiência de correr com ele regularmente de 2008 ao início de 2010.
No ano de 2009 durante o Desafio das 6 Maratonas Pedro e Marcelo me acompanharam bastante nas provas. Em 2010, com Pedro fora no segunto semestre para o intercâmbio e pelo preço do Projeto América do Sul eles ficarão mais distantes das provas fora de BH, mas não dos treinos.
Eu gosto demais dos meus dois filhos. Meu objetivo e da Rose é dar a eles
o melhor que tiver ao nosso alcance para que sejam adultos equilibrados
e possam tocar suas vidas com boas lembranças dos pais.
Se eu puder correr ao lado deles no decorrer da vida serei mais feliz ainda.
Walasce, nosso maratonista irmão do Wu teve no último dia 23 de maio, em Esmeraldas/mg, a alegria de viver a estreia do filho César nas corridas de rua. A alegria certamente invadiu nosso companheiro maratonista e também seu filho, nosso novo campanheiro nos 2 km Baleias.
Claro que não podemos transformar nossos desejos em obrigação para aqueles que amamos, isso nem daria certo é fato. Mas podemos ficar muito alegres quando temos companhia daqueles que amamos naquilo que gostamos muito.
Meu filho mais velho já aprendeu que as grandes conquistas vêm sempre depois de um corrida e procura sempre conversar comigo temas polêmicos depois de uma hora de corrida. Invariavelmente eu cedo. Mas mais tarde eu cedo também.
Claro que não podemos transformar nossos desejos em obrigação para aqueles que amamos, isso nem daria certo é fato. Mas podemos ficar muito alegres quando temos companhia daqueles que amamos naquilo que gostamos muito.
Meu filho mais velho já aprendeu que as grandes conquistas vêm sempre depois de um corrida e procura sempre conversar comigo temas polêmicos depois de uma hora de corrida. Invariavelmente eu cedo. Mas mais tarde eu cedo também.
A todos os amigos e amigas Baleias, todos os amigos e amigas da Equipe Baleias e aos meus dois filhos que são também amigos Baleias o meu muito obrigado por mais esse pequeno grande momento.
Miguel Delgado,pai, gordo e corredor pretendendo ser um Comradeiro!